Catedral da Sé


Em 1913 iniciou a construção da Catedral como é hoje, elaborada pelo alemão Maximilian Emil Hehl, professor de Arquitetura da Escola Politécnica. O templo foi inaugurado em 25 de janeiro de 1954, na comemoração do 4º Centenário da Cidade de São Paulo, ainda sem as duas torres principais.
A primeira versão da igreja foi instalada ali em 1591, quando o cacique Tibiriçá escolheu o terreno onde seria o primeiro templo da cidade construído em taipa de pilão (parede feita de barro e palha socados estruturados em toras).
Em 1745, a "velha Sé", como era chamada, foi elevada à categoria de catedral. Por isso, neste mesmo ano inicia-se a edificação da segunda matriz da Sé no mesmo local da anterior. Ao lado dela, em meados do século XIII levanta-se a Igreja de São Pedro da Pedra. Em 1911, os dois templos foram demolidos para dar espaço ao alargamento da Praça da Sé e, finalmente, à versão atual da catedral.
O monumento também teve a sua importância na vida política recente do País. Em tempos de despotismo militar, D. Agnelo Rossi (1964-1970) assumiu o arcebispado, inaugurando a fase da teologia da libertação e da opção preferencial pelos pobres. Desde 1970 sobressaiu-se a figura do cardeal arcebispo D. Paulo Evaristo Arns, que dedicou todo o seu tempo e o seu esforço ao combate à ditadura militar, denunciando os crimes, as torturas e cedendo a Sé para as manifestações políticas e ecumênicas pelos desaparecidos políticos e pela anistia.
Um dos cinco maiores templos neogóticos do mundo, a catedral foi reaberta em 2002, após três anos de reformas, e voltou a ter missas diárias. Além disso, agora há visitas monitoradas aos domingos, das 12h às 13h.
É em frente à Catedral da Sé que fica o Marco Zero da cidade de São Paulo. O pequeno monumento de mármore em forma hexagonal, construído em 1934, traz um mapa das estradas que partem de São Paulo com destino a outros estados. Cada um dos seus lados representa simbolicamente outro estado brasileiro: o Paraná (araucária), Mato Grosso (vestimenta dos Bandeirantes), Santos (navio), Rio de Janeiro (Pão de Açúcar e suas bananeiras), Minas Gerais (materiais de mineração profunda) e Goiás (bateia, material de mineração de superfície).


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Catavento, Museu do Futebol e outros espaços interativos

São Paulo é uma cidade completa. A cada momento se reafirma como pólo latino-americano de cultura, com um cardápio repleto de atrações que vão desde espetáculos, casas noturnas, gastronomia mundial, a belezas naturais e dezenas de espaços verdes a céu aberto onde o bem estar e a prática de esportes são uma constante de segunda a segunda.

O que surge agora na capital para completar este variado leque de ofertas é um novo conceito de entretenimento: os espaços culturais modernos e, acima de tudo, muito interativos. Exemplos não faltam, como o recém-inaugurado Catavento Cultural e Educacional, uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, que apresenta ao público a ciência e os problemas sociais de um modo participativo e absolutamente criativo e lúdico.

Localizado no antigo Palácio das Indústrias, na região do Parque Dom Pedro – centro de São Paulo - o Catavento é dividido em quatro grandes seções: O Universo – do espaço sideral à Terra; a Vida – do primeiro ser vivo até o homem; o Engenho – as criações do homem e, por fim, a Sociedade – que mostra os problemas da convivência organizada. Uma viagem à descoberta, uma forma divertida de crianças e adultos aprenderem e reciclarem conhecimentos.  

Outra experiência imperdível na cidade é, sem dúvidas, a visita ao Museu do Futebol. Montado na parte frontal do Estádio Paulo Machado de Carvalho – o Pacaembu -  seus mais de 5 mil metros quadrados de inovação e tecnologia de última geração, narram, expõem e surpreendem seus visitantes com uma apresentação dinâmica incrível sobre a maior paixão do povo brasileiro.

Visitantes de todas as idades encontram uma razão para visitar o Museu do Futebol, o único no mundo com este conceito e sem ligação a nenhum clube específico de futebol. Só para citar como exemplo, de um lado encontram-se uniformes de épocas remotas e áudios de partidas históricas. De outro, projeções interativas que permitem a batida de um pênalti e mesas prontas para uma partida de pebolim em meio ao passeio.

Mas se o futebol é patrimônio nacional, é impossível negar que a língua portuguesa, unida às peculiaridades da história do Brasil, não ostente o mesmo status-quo. E dessa forma, o Museu da Língua Portuguesa, um dos mais visitados do país, apresenta de maneira inusitada as origens desse idioma tão singular. São três andares que misturam recursos audiovisuais, jogos eletrônicos didáticos e exposições itinerantes, dentre outras tantas atrações.

E, para fechar o universo mágico e moderno regado à interatividade paulistana,  não podemos deixar de fora a já consagrada Estação Ciência. O lugar é uma viagem ao mundo do conhecimento científico. Trata-se de um centro de ciências interativo que realiza exposições e atividades em áreas como Astronomia, Meteorologia, Física, Geologia, Biologia, Tecnologia, entre outras.

Espaços imperdíveis, visitas que não podem deixar de ser feitas. Uma oferta que não é encontrada em nenhuma outra parte do país. Aproveite!
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Capela de São Miguel Arcanjo


A zona leste abriga o templo mais antigo da cidade de São Paulo. Sob a orientação do carpinteiro e bandeirante Fernão Munhoz, a Capela de São Miguel Arcanjo foi construída pelos índios guaianases em 1622. A igreja foi um dos primeiros prédios tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual Iphan).

Em 1938, quase três séculos depois da sua construção, a Capela dos Índios (como é conhecida), descaracterizada e praticamente destruída, passou por um processo de revitalização. Foi um trabalho minucioso em busca de suas origens com o objetivo de manter a autenticidade de sua arquitetura e de seus elementos artísticos. Pinturas do período colonial paulista, arte barroca e traçados incas foram encontrados. A recuperação incluía ainda o resgate de peças e ornamentos de madeiras vendidos a antiquários.

E com a idéia de dar mais visibilidade ao local, a Praça Aleixo Monteiro Mafra, em frente, também foi restaurada. Implantou-se uma área ajardinada e foram retiradas construções que impediam a visão da igreja.

Para a preservação, houve um acordo com a sociedade em suspender o uso religioso. Optou-se em organizar visitações, com vitrines, painéis e placas, onde serão apresentadas pesquisas arqueológicas, história e influência dos povos da região (índios, jesuítas, franciscanos, colonizadores, imigrantes nordestinos), demonstração do processo de fabricação de cerâmica indígena, totens que tratam da arte de elementos como altares, púlpito, coro e pia batismal e acervo com imagens de santos, entre outros. O programa conta ainda com palestras e oficinas visando à conscientização da necessidade de preservar o bem tombado.
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Brás, Bom Retiro e Rua 25 de Março


Dentre os inúmeros programas para se fazer na cidade de São Paulo, ir às compras é uma das opções que não podem faltar no roteiro de visita. A metrópole reserva produtos provenientes de todo o mundo e tem os bairros do Brás e Bom Retiro e a Rua 25 de Março como as principais paradas para quem procura a capital com esse objetivo.
O Brás foi o primeiro pólo industrial da cidade e firmou-se desde então como um bairro operário, formado inicialmente por imigrantes italianos, portugueses e espanhóis. Depois vieram os gregos, libaneses e, mais recentemente, coreanos e bolivianos. Hoje, a região se caracteriza pelo comércio de roupas, principalmente nas imediações do Largo da Concórdia e da Rua Oriente. Segundo a Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), o bairro com seus 3 Km de extensão e 55 ruas que abrigam seis mil estabelecimentos comerciais recebe diariamente entre 250 mil a 500 mil pessoas (em datas comemorativas) vindas de todo o Brasil e de vários lugares do mundo.
O Bom Retiro também é referência no quesito moda têxtil. A região, que abrigava chácaras para uso de finais de semana - daí o nome “Bom Retiro” - tornou-se, em 1828, passagem obrigatória dos ciclos de imigrantes que chegavam ao Brasil. Na década de 1950, a área ganhou força comercial ao longo dos seis quarteirões da Rua José Paulino, que até 1916 chamava-se Rua dos Imigrantes. Hoje as 1,2 mil lojas são atrações para quem acompanha as tendências e quer estar sempre na moda.
O Terminal 25 de Março é um dos principais pólos de recepção de visitantes de todo País. Localizado próximo à rua homônima, é porta de entrada para as três mil empresas, sendo 300 lojas de rua e 2,7 mil nos diversos edifícios, galerias e ruas próximas.
A passagem pela Rua 25 de Março é a melhor pedida para as compras de bijuterias, brinquedos, objetos de decoração e outros acessórios para casa. Na Ladeira Porto Geral é possível encontrar lojas de fantasias, onde as noivas se divertem com as compras de adereços engraçados para animar suas festas de casamento.
E para aproveitar bem o passeio, vale uma visita no Mosteiro de São Bento e no Mercadão, ambos bem próximos à Rua 25 de Março. O Mosteiro de São Bento, que abrigou em 2007 o Papa Bento XVI quando este visitou o país, é um passeio imperdível na cidade de São Paulo - a basílica tem lindas imagens e cantos gregorianos, que podem ser ouvidos de segunda a domingo. Já o Mercadão é referência nacional pela diversidade de aromas, cores e sabores de frutas, verduras, legumes, vinhos, queijos, chocolates, carnes, frutos do mar e aves e, claro, pelo famoso pastel de bacalhau e sanduíche de mortadela.
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Dallas recupera seus endereços para quem curte música ao vivo


Há um bairro ensolarado e de prédios baixos em Dallas onde os pioneiros urbanos estabeleceram uma zona livre de ostentação, tendo como fundo os arranha-céus reluzentes do centro. Deep Ellum - ‘Deep Elm’ em texano, o nome original do bairro - foi por muito tempo uma área operária desmazelada.

‘Nos anos 20 e 30, trabalhadores tomavam a linha ferroviária Houston and Texas Central aqui a caminho das plantações de algodão em Plano’, explicou Barry Annino, um empreendedor imobiliário local. ‘À noite, a área se transformava em um centro de jazz e blues.’ Mas ao longo dos anos, os trens desapareceram e a cena musical mudou. No final dos anos 90, artistas de punk e hip-hop transformaram Deep Ellum em um ruidoso clube central - até as novas leis de zoneamento fecharem os estabelecimentos.

Agora, uma nova vida está retornando, graças a novos trilhos: o trem leve Green Line da cidade, que foi inaugurado no ano passado, revigorou os moradores locais, que recuperaram velhos depósitos, os transformando em residências, e velhos estabelecimentos, que se tornaram novos endereços para os fãs de música ao vivo.

Brad Oldham, o escultor de Dallas que construiu as altas esculturas de aço ‘Traveling Man’ que foram erguidas em setembro passado, perto da nova estação do trem leve de Deep Ellum, frequentemente inicia suas noites, ao estilo família, no All Good Cafe (2934 Main Street; 214-742-5362; allgoodcafe.com), onde o palco baixo é emoldurado pela bandeira do Texas. ‘Nós fazemos parte do público que chega cedo’, disse Oldham durante uma recente visita. ‘Mas minha esposa e eu gostamos do All Good porque é autêntico, não é forçado. Nós podemos tomar uma Corona acompanhada do melhor frango frito da cidade, enquanto nossos filhos assistem a banda fazendo a checagem de som antes do show das 9h da noite.’ O frango custa US$ 11,99; artistas country regionais se apresentam nas noites de quinta a sábado.

Uma adição mais recente é o Tucker’s Blues (2617 Commerce Street; 214-744-2583; tuckersblues.com), de propriedade familiar, que abriu em setembro passado. As noites da semana são agitadas por bandas que tocam o blues do Texas em um clube com ares da época da Proibição.

Duas quadras ao norte, na Elm Street, o ronco das Harleys seguindo para os bares de motoqueiros se mistura aos sons do rock independente que emanam de pontos como o LaGrange (2704 Elm Street; 214-741-2008; lagrangedallas.com), uma ex-oficina que se transformou em um pequeno clube de música ao vivo em abril.

Do outro lado da rua, para aqueles que gostam de clubes mais tradicionais (maiores e mais barulhentos), uma referência de Deep Ellum, o Trees Dallas (2709 Elm Street; 214-741-1122; treesdallas.com), reabriu em agosto passado após uma reforma, recuperando seu velho atrativo.

‘Quem quer beber apenas para ficar bêbado?’ perguntou Gabe Sanchez, proprietário do Black Swan Saloon (2708 Elm Street; 214-749-4848; blackswansaloon.com), atrás de seu bar com 16 lugares, resumindo o novo espírito de Deep Ellum. E ele pratica o que prega: as frutas para seus drinques artesanais, como o HoneyDoMe, feito de vodca com melão (US$ 6), vêm do Dallas Farmers Market, que oferece produtos vendidos diretamente pelo produtor. Antes da inauguração do bar em abril, Sanchez retirou os revestimentos do piso para devolvê-lo às tábuas de carvalho originais.

‘É como o bairro’, ele disse. ‘Com um pouco de carinho, o verdadeiro espírito aparece.’
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